Os hidrocarbonetos de óleos minerais (MOH) podem estar presentes nos alimentos devido à contaminação ambiental, lubrificantes para maquinaria utilizada durante a colheita e a produção alimentar, auxiliares tecnológicos, aditivos alimentares e materiais em contacto com os alimentos.
Os compressores de ar na indústria alimentar extraem o ar da atmosfera, que pode conter elementos como pó, humidade, microrganismos, pólen ou hidrocarbonetos. Estes elementos podem ser incorporados no ar, acumular-se nas caldeiras e, posteriormente, serem transferidos para o sistema de distribuição de ar comprimido.
Os MOH podem ser divididos em hidrocarbonetos saturados (MOSH) e hidrocarbonetos aromáticos (MOAH). Os MOAH podem atuar como substâncias cancerígenas, enquanto os MOSH são suscetíveis de se acumular nos tecidos humanos e podem produzir efeitos adversos no fígado.
Portanto, a presença de MOSH e MOAH no ar comprimido utilizado na indústria alimentar pode levar à contaminação dos alimentos, representando um risco potencial para a saúde dos consumidores. É importante monitorizar e controlar a qualidade do ar comprimido utilizado na indústria alimentar para minimizar a contaminação dos alimentos por MOH.
A qualidade do ar comprimido está estabelecida pela norma ISO 8573, mais concretamente na norma ISO 8573-1:2010 (Compressed air Part 1: Contaminants and purity classes), que especifica o nível admissível de contaminação para cada tipo de contaminante em cada metro cúbico de ar comprimido. A ISO 8573-1 classifica os principais contaminantes em partículas sólidas, ponto de orvalho e óleo.
Como podemos ajudar?
Os laboratórios da Mérieux NutriSciences desenvolveram um método que permite a análise de hidrocarbonetos de óleos minerais (MOSH e MOAH) juntamente com a análise dos parâmetros de controlo previstos na ISO 8573.